Intenções – Ame a vida e faça acontecer

domingo, dezembro 18, 2016



Há já algum tempo que queria fazer um artigo só sobre intenções e eis que hoje ele surge. Surge porque eu própria cada vez mais penso de uma forma muito consciente nas intenções que quero definir. Com o novo ano à porta parece que as intenções ainda vêm com mais força. Pode parecer um cliché pensar em intenções nesta época do ano, no entanto para mim está a ser algo único, porque cada vez mais sinto e vivencio o poder das intenções, principalmente nos momentos desafiantes em que sinto dúvida, tensão e às vezes até uma sensação de… E agora?
Quando me propus a percorrer o caminho da Parentalidade Consciente, cedo percebi que as intenções eram o principal ponto de partida. Tenho vindo a alargar a proposta de me convidar, com curiosidade, a definir as minhas intenções nas restantes áreas da minha vida e tenho vivenciado momentos muito especiais.
Intenção vem do latim intentiōne que remete para vontade. A vontade é o que nos move. Sem vontade nada acontece. Portanto, as intenções vão resultar num processo que desencadeia uma atividade que, se for feita de modo consciente, nos vai empoderar, pois começamos a apercebermo-nos que temos mais segurança e sabemos melhor o que fazer nas mais diversas situações. 
Antes de avançarmos, apenas uma ressalva: intenções são diferentes de objetivos. Objetivos são metas. Geralmente por detrás de um objetivo existe uma intenção. Por exemplo, pode ter o objetivo de correr todos os dias, mas qual é a sua intenção ao querer correr todos os dias?
           De uma forma muito simples, a nossa mente tem dois modos: o pensante, que interpreta, rotula, analisa, julga, planeia, compara; e o sensorial, que está só presente às sensações do corpo e que é alimentada pelos sentidos. Quando meditamos, o que se pretende é despertar esta mente mais sensorial, ligamo-nos mais aos sentidos, ao sentir, ao coração, e serenamos a mente pensante. Quando definimos intenções vamos ao encontro do anteriormente dito, isto é, através da intenção alinhamos a mente com o coração e compreendemos que as atitudes e ações que tomamos têm um propósito e que não acontecem por acaso, porque há um compromisso da nossa parte. Aliás nada acontece por acaso, apenas existem sincronicidades.
Poderemos definir intenções diárias, eu por exemplo faço-o no meu momento de meditação matinal, poderemos definir intenções para um determinado período, por exemplo para o próximo ano ou mesmo para a vida.
Neste momento, escrevi as minhas intenções para o próximo ano, que foram baseadas nas perguntas abaixo e que também poderão servir de ponto de partida para o ajudar a definir as suas próprias intenções:

:: O que quero deixar ir?

:: O que quero criar?

:: O que quero fazer?

:: O que quero nutrir?

:: O que quero finalizar?

:: O que quero dar?

:: Onde quero ir?

Escrever as suas intenções é fundamental para que as possa consultar e relembrar sempre que precisar delas, até porque vai haver alturas em que poderá desviar-se das suas intenções e nesses momentos é bom voltar a reler o que escreveu. Quando se passa uma ideia para o papel ela ganha logo um poder diferente, pois passa a ser concreta em vez de abstrata. Também poderá querer reformulá-las, por conseguinte escreva num papel ou faça um painel semântico, com fotografias, imagens, palavras ou frases importantes para si.
Mantenha as suas intenções claras e presentes para que possa ter clareza no pensamento e consiga agir de acordo com o que definiu e não no chamado piloto automático, com impulsividade e reatividade.
Através das suas intenções cultive a liberdade para escolher respostas mais conscientes que lhe permitirão aceder a um estado de fluxo sem esforço, com a confiança e calma necessárias para poder ter a vida que quer ter, nutrindo com amor e serenidade as suas relações e o seu dia a dia.
Até já!

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