Por detrás de cada criança há sempre uma história de amor!

terça-feira, fevereiro 14, 2017






Já contou ao seu filho a sua história de amor?
Se ele for muito pequeno para compreender, escreva-a para um dia ele ler ou espere mais algum tempo. Se ele já entender, observe como ele acompanha curioso o que lhe está a contar.
Experimente também revisitar como tudo começou com a sua cara metade e sinta que sensações vos traz reviverem esses momentos.
Mesmo que esteja separado/ divorciado é muito importante para a criança saber como a mãe e o pai se apaixonaram, afinal todos temos uma história, e para a criança é muito benéfico saber que um dia houve alguma coisa que uniu o pai e a mãe, e que dessa união, desse amor, surgiu ela.
E se for uma história que não tem aquele “ideal romântico” que geralmente nos impomos?
Está tudo bem!
É a sua história, é o seu coração a falar ao coração do seu filho e o que contar deve somente adequar-se à idade em questão. É importante dizermos sempre a verdade desde que adequada à faixa etária, pois a verdade traz à criança confiança, sentimento de pertença e pode até ajudar na construção da sua identidade.
Na minha profissão, como professora é comum ouvir algumas crianças dizerem que não são resultado do amor porque os pais já não estão juntos. Explico-lhes sempre que para terem nascido teve que haver um momento em que os pais sentiram muito amor, só que às vezes o amor entre o casal termina ou transforma-se noutro sentimento como a amizade. O receio das crianças, no geral, é saberem se o amor dos seus pais para com elas também pode terminar. E aí respondo-lhes que o amor de um pai/mãe pelo seu filho nunca termina porque estão ligados por um “fio invisível” durante toda a vida até que um deles morra.
Eu e o pai da Di também estamos separados desde que ela “pediu “para vir a este mundo, mas ela sabe que teve que existir um grande amor entre nós para ela ter nascido. Agora estamos todos mais unidos e felizes com as novas famílias que construímos e a Di é e será sempre a ponte que nos liga.
Hoje faz-me sentido contar a história de amor que vivo há seis anos e da qual a Di faz parte diariamente.
A dança para mim é muito especial! Através da dança exprimo-me, relaxo e comunico. Foi também na dança que encontrei o amor. Eu e o Tiago conhecemo-nos na dança e foi nela que nos apaixonámos. Costumo dizer que o universo mexeu os seus cordelinhos para nos juntar, pois nada previa que naquele simples caminho até ao meu carro os nossos corações ficassem unidos até hoje.
Depois de uma noite de muita dança, o Tiago ofereceu-se para me levar ao carro. Começámos a caminhar na direção onde tinha estacionado, quando dois carros da polícia chocaram mesmo atrás do meu carro deixando-o bloqueado. Sem forma de tirar o carro, acabámos por ficar o resto da noite a conversar, sentados no passeio, até de madrugada. Tivemos ali horas, mas o tempo voou e quando finalmente, o comandante da polícia deliberou que a situação estava resolvida, já nem nos lembrávamos do carro. Parecia que o tempo tinha parado e só nós exístiamos. Não nos queríamos separar, por isso combinámos tomar o pequeno almoço numa pastelaria na Avenida de Roma. Cada um seguiu no seu carro, mas o Tiago, prevenido, pediu-me o número de telefone, não fosse desencontrarmo-nos. Já na pastelaria, a cumplicidade era notória, as mãos entrelaçadas, o coração a bater mais forte e os risos alinhados em gargalhadas genuínas e espontâneas fizeram com que víssemos o amanhecer juntos. Desde esse dia que temos partilhado muitos amanheceres juntos e que temos vindo a construir a nossa história de amor. Uma história ainda com muitos capítulos dos quais a Di fará sempre parte.


Deixo-lhe também algumas histórias infantis para ler aos mais pequenos.
 
Feliz dia de São Valentim!
Até já!

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